Mão
Morta

Biografia

anos

2020

A pandemia

Em 2020, com o surgimento da pandemia de Covid-19 e o decretar das medidas de confinamento para a combater, a digressão programada de apresentação do disco No Fim Era o Frio foi interrompida a partir de Março. Os Mão Morta só voltam a pisar um palco em Julho, para o programa de televisão Eléctrico, quando tocam ao vivo no Teatro Capitólio, juntamente com os Moonspell, para uma audiência de convidados com as caras tapadas por máscaras cirúrgicas de protecção contra o vírus, uma imagem que daí em diante se tornaria comum. Nesse ano teriam apenas mais dois concertos, ambos em Setembro, um na Festa do Avante e outro na Casa da Música, no Porto.

Também os Mão Morta Redux, que em Janeiro tinham apresentado o filme-concerto A Casa na Praça Trubnaia no GNRation, em Braga, só em Outubro voltariam a fazê-lo, primeiro no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, para o Westway Lab, sem público e via streaming, depois no Teatro Viriato, em Viseu, para o Vistacurta, e depois em Dezembro, para os X Encontros Cinematográfico do Fundão, na véspera do novo confinamento geral que iria suspender mais uma vez toda a actividade cultural.

2021

O programa Eléctrico

Sai Joana Longobardi

Entra Sapo

O filme-concerto Rapsódia Satânica

Em Janeiro de 2021 o canal televisivo RTP 1 difunde o programa Eléctrico, com os Mão Morta a interpretarem ao vivo os quatro primeiros módulos do disco No Fim Era o Frio, e ainda Tu Disseste, Em Directo (Para a Teelvisão) e Velocidade Escaldante. Este último tema contava com a participação de Rafael Toral a tocar oscilador de elétrodos. Mas 2021 só começa verdadeiramente em Maio, com a apresentação do filme-concerto A Casa na Praça Trubnaia no Auditório de Espinho e no Cine-Teatro Eduardo Brazão, em Valadares. A Casa na Praça Trubnaia contaria ainda com apresentações no Teatro Constantino Nery, em Matosinhos, em Julho, e no Festival Link, em Oviedo, nas Astúrias, em Agosto, antes de ser substituído por outro filme-concerto, após a composição de nova banda-sonora para Rapsódia Satânica, uma longa-metragem de 1915 do cineasta italiano Nino Oxilia.

Mas antes, os Mão Morta retomavam a digressão interrompida de apresentação do disco No Fim Era o Frio, com dois concertos no Theatro Circo, em Braga, em Junho. Foram os últimos concertos de Joana Longobardi com os Mão Morta, pois estava de saída da banda. Entretanto Sapo estava de regresso e retomou a sua posição de guitarrista ao lado de Ruca Lacerda, que se manteve na banda, e de Vasco Vaz, enquanto António Rafael passava a assegurar o baixo. A estreia da nova formação aconteceu em Julho, em Arcos de Valdevez, no Paço de Giela, em que os Mão Morta actuaram com um coro vocal de adolescentes locais. Os Mão Morta fariam ainda outros concertos em 2021, como no evento Trilogia de Dante, no Armazém 16, em Lisboa, em Outubro, no festival Back to Back, no LAV em Lisboa e no Hard Club no Porto, em Novembro, ou na Bang Venue, em Torres Vedras, em Dezembro, mas não voltaram a retomar o formato previsto de apresentação do disco No Fim Era o Frio.

Entretanto, em Outubro, os Mão Morta Redux estreavam o filme-concerto Rapsódia Satânica no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, para o 3.º Film Fest – Festival de Cinema Musicado Ao Vivo. Rapsódia Satânica seria ainda apresentado no Teatro Gil Vicente, em Barcelos, nesse mesmo mês, e no Cine-Teatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo, no mês seguinte.

Ainda em Novembro, os Mão Morta entram em estúdio, no Arda Recorders, no Porto, para gravar Tricot, um single com três temas a ser editado em 2022.

2022

Sai Sapo

Entra Rui Leal

A edição de Tricot

O musical A Noiva do Minho

O ano de 2022 começa com a saída de Sapo da banda, depois de a ela ter regressado no ano anterior. Com a sua saída, António Rafael retorna às teclas e à 3.ª guitarra e entra Rui Leal para o baixo, cuja estreia ao vivo se dá no concerto que os Mão Morta fazem em Março no Maia Compact Records Fest, na Maia.

Em Abril é editado pela Esfera, uma editora pop-up criada por Henrique Amaro e André Tentúgal, o máxi-single de três temas Tricot, que conta com a participação activa do saxofonista Pedro Sousa, como convidado, para a criação do ambiente psicótico que percorre todos os temas.

Apesar de no ano anterior terem abandonado o formato de concerto duplo que haviam adoptado para a apresentação do disco No Fim Era o Frio, os Mão Morta decidem arriscar e levar aos grandes festivais de Verão um alinhamento com a longa narrativa conceptual do disco como tema único, sem pausas. Assim fizeram no Festival Impulso, nas Caldas da Rainha, em Junho, e depois, em Agosto, no festival O Sol da Caparica e no Festival Paredes de Coura e, já em Setembro, na Festa do Avante. O risco acabou por compensar, tendo o concerto arrasador que deram em Paredes de Coura sido considerado pela generalidade da imprensa e pelo público como um dos melhores do festival.

Em Agosto dá-se também a estreia, no Largo do Eiró, no centro da vila do Soajo, em Arcos de Valdevez, do musical A Noiva do Minho, um espectáculo de comunidade composto e executado ao vivo pelos Mão Morta Redux, com a intervenção do grupo coral etnográfico As Cantadeiras do Soajo, composto por 9 mulheres do Soajo. Mão Morta Redux que, depois do interregno com o filme-concerto Rapsódia Satânica, retomaram as apresentações do filme-concerto A Casa na Praça Trubnaia, primeiro, em Junho, no Novo Ático, uma nova sala de espectáculos situada no Coliseu do Porto, e depois, em Novembro, no Teatro Aveirense, em Aveiro, e no Cine Teatro Louletano, em Loulé, esta integrada no festival Som Riscado.

Antes, em Outubro, eram editados em livro, com o título Poemas (1949-1995), todos os poemas de Heiner Müller que Adolfo Luxúria Canibal traduzira para o espectáculo Müller no Hotel Hessischer Hof, estreado pelos Mão Morta em Janeiro de 1997 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O ano termina com os Mão Morta a prepararem temas originais para serem tocados com o saxofonista Pedro Sousa, juntamente com os três temas editados no máxi-single Tricot, num conjunto de espectáculos previstos para Janeiro de 2023.

2023

O espectáculo Mão Morta + Pedro Sousa = Tricot

O documentário Mutantes S.21 – 25 Anos Depois na Netflix

O 21.º álbum Tricot

A edição de Até Cair

O ano começa com a apresentação de Mão Morta + Pedro Sousa = Tricot, um espectáculo de música exploratória a expandir para nove temas a colaboração encetada com o saxofonista Pedro Sousa no disco Tricot, que teve estreia no Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa, e duplo seguimento na Black Box do GNRation, em Braga, sempre com lotações esgotadas. Os concertos foram gravados para posterior edição fonográfica, concretizada em Setembro, com a gravação do último dos três concertos a dar origem a um álbum de nove temas com o título Tricot, o mesmo título do máxi-single editado no ano anterior.

Entretanto, em Fevereiro, no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, os Mão Morta fazem mais um concerto conceptual com a longa narrativa sem pausas do álbum No Fim Era o Frio, última apresentação desse formato antes do retorno ao alinhamento clássico de temas de repertório com que se apresentam em festivais como o Sons no Montijo ou o Basqueiral, em Santa Maria de Lamas, ou no Rock À Moda do Porto, no Palácio de Cristal, no Porto.

Também a longa-metragem documental Mutantes S.21 – 25 Anos Depois, realizada por João de Sá a partir da filmagem do concerto de encerramento da digressão comemorativa dos 25 anos do disco Mutantes S.21, depois de estreada em 2019 nos festivais de cinema e de disponibilizada na aplicação RTP Play, entra no início de Julho para a grelha internacional da plataforma de streaming Netflix.

No início de Dezembro é editado Até Cair: As Primeiras Gravações 1985-1986, um disco de vinil com as maquetes que os Mão Morta gravaram em 1985 e 1986, nomeadamente para concorrerem ao 1.º Concurso de Nova Música Rock e ao III Concurso de Música Moderna, e ainda a gravação de um dos concertos realizados em Dezembro de 1985 no Aniki-Bobó, no Porto. O ano termina com o álbum Tricot a entrar nas listas dos melhores discos portugueses de 2023, sendo nomeadamente 4.º melhor disco do ano para a rádio SBSR FM e 5.º melhor disco do ano para a revista Irreversível.

mão morta

Fotografia de Nuno Borges de Araújo, 2022

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